VÍRUS: Crônicas sobre um tempo marcado por medos
- Elisa Mattos
- 24 de jun.
- 2 min de leitura

É com muita alegria, e euforia, que recebo mais uma cria literária de minha autoria:
“VÍRUS - medo, solidão e desprezo por corpos negros”, pela Editora Telha .
Uma coletânea de crônicas, a maioria produzida durante a pandemia do Coronavírus. Período em que o nosso país vivia a angústia do isolamento como proteção do vírus letal, porém sob o comando de um governo negacionista e autoritário.
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O prefácio é do brilhante jornalista e escritor Tom Faria, a quem agradeço de coração tão generosas palavras sobre o meu trabalho.
“A crônica brasileira, com mestres como Machado de Assis e Lima Barreto, nos atualiza no âmago dos acontecimentos do dia a dia, em qualquer parte onde estejamos. Dependendo do tema, da abordagem, uma crônica pode ter vida fugaz ou
perene, ser o relógio do tempo, ou o mágico tapete pelo qual navegamos por memórias infinitas, com desafios a serem encarados ao longo de toda uma existência.
Um pouco de todo esse labor encontramos ao ler Vírus: medo, solidão e desprezo por corpos negros, da jornalista e escritora Elisa Mattos, essa brasiliense de genuíno sangue carioca, que do planalto central, durante a pandemia do Coronavírus, sentiu literalmente “a vida por um fio”, não necessariamente a dela, mas as de milhões de brasileiros, sobretudo dos afro-brasileiros, como ela própria.
Diante da brutalidade da desgovernança reinante no país, do desinteresse das autoridades pela básica necessidade de salvar a humanidade, sobretudo a que existe em nós, Elisa Mattos obtemperou numa linguagem simples e direta, embora cheia de angústia e dor, as “nossas mortes pretas de cada dia”.
Suas crônicas, ao contrário da falta de amor e compaixão, são lenitivos, bálsamos que embelezam nossos sentidos, nos dão razão para acreditar no sobrevivente próximo – e em nós mesmos, nas nossas forças e atitudes.
Nos tempos loucos em que vivemos, de “vírus, bala e fome”, teve alguém no planeta que precisava apenas da retirada de um joelho do pescoço para poder respirar; em outras partes, como no Brasil, milhões de seres humanos apenas desejavam a retirada da máscara para poder levar a vida adiante.
Elisa Mattos era uma dessas pessoas. No relato que empreende agora com seu “Vírus”, misto de memorialismo e autobiografia consentida, ela deixa a marca de uma lição, o alerta de que adversidades e mundos obscurantistas, sempre podem estar a nos espreitar, alguns bem à frente de nossas portas e diante de nossos olhos.”
Tom Farias
Jornalista, biógrafo e escritor
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Informarei sobre o lançamento em breve. 🔜

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