Eu fui, vi e vivi: Festa Literária de Paraty 2025
- Elisa Mattos
- 12 de set.
- 3 min de leitura




No ultimo dia 31 de julho, tive a satisfação e orgulho de lançar meu livro de crônicas jornalísticas durante a realização do importante evento literário brasileiro, a Flip - Festa Literária Internacional de Paraty. “VÍRUS - medo, solidão e desprezo por corpos negros” traz reflexões sobre os efeitos da pandemia da COVID-19 no cotidiano do brasileiro. O prefácio é do respeitado jornalista, escritor e biógrafo, Tom Farias. Uma publicação da Editora Telha, com sede no Rio de Janeiro.
Foi um dos dos momentos mais incríveis da minha trajetória literária. Naquela noite de inverno em Paraty, tive a honra de participar da calorosa mesa de conversa “Quando a palavra cura: Saúde Mental, Racismo e Potência Negra”, na Casa Poéticas Negras, concorrido espaço de encontros fazer literário, troca de ideias e aquilombamento da FLIP. Ao meu lado, três potentes escritores enriquecendo a conversa: o filósofo e psicanalista, Renato Noguera; o professor de literatura da UFRJ, Henrique Marques; e Diana Malito,doutora em Psicologia.

Só gratidão a todas e todos que contribuíram, direta ou indiretamente, para que eu chegasse até aqui. Ou, até lá.
SOBRE O LIVRO
“VÍRUS - medo, solidão e desprezo por corpos negros” é um livro de crônicas, a maioria delas produzidas durante o período da pandemia da Covid-19 e ganhou prefácio do jornalista, escritor e biógrafo Tom Farias.
“Diante da brutalidade da desgovernança reinante no país, do desinteresse das autoridades pela básica necessidade de salvar a humanidade, sobretudo a que existe em nós, Elisa Mattos obtemperou numa linguagem simples e direta, embora cheia de angústia e dor, as “nossas mortes pretas de cada dia”. Suas crônicas, ao contrário da falta de amor e compaixão, são lenitivos, bálsamos que embelezam nossos sentidos, nos dão razão para acreditar no sobrevivente próximo – e em nós mesmos, nas nossas forças e atitudes.” - ressalta o escritor.
Editora Telha também destaca:
“Medo, solidão e desprezo por corpos negros. Essas não são metáforas. São políticas. E têm estrutura, têm história, têm continuidade. ‘Vírus’ denuncia as camadas de violência que atravessam o cotidiano da população negra no Brasil. É um livro que expõe, com clareza e coragem, o quanto o racismo opera como sistema de exclusão e morte. Leitura para quem entende que viver em sociedade não é o mesmo para todos e nunca foi.”
Trecho da crônica "PANDEMIA:MEUS DIAS SÃO ASSIM"
"Quando a pandemia chegou, a rotina por aqui já não era nenhum mar de rosas. As vítimas da desigualdade já agonizavam nos hospitais públicos. Os profissionais da saúde, da educação, das artes, das diversas áreas de produção já penavam por respeito. A fila dos desempregados e dos desesperados já era infinita. Mães pretas já choravam as mortes de seus filhos alvejados feito passarinhos nas caçadas noturnas dos armados. O racismo assassino não dá trégua há 500 anos, e seus adeptos estão sempre a postos, à espera de uma brecha para dar as caras. Enfrentar essa legião de olhos vermelhos é a rotina dilacerante de grande, enorme, parte da população brasileira não reconhecida como cidadãos".

*Na mesa de lançamento dos livros dos palestrantes da noite: Eu, Renato Noguera, Henrique Marques e Diana Malito. Os quatro escritores autografando seus livros e trocando ideias e afetos com leitores. Em pé, Douglas Evangelista, editor da Editora Telha, responsável pela publicação de 'VÍRUS - medo, solidão e desprezo por corpos negros".
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Ainda sobre Paraty
Os encantos de seus recantos, becos, ruelas, mar de água mar de gente, mar de pedras.
Luzes do dia, luzes da noite, seu entardecer luminoso.
Encontros, desencontros, ruídos e longos silêncios, em nome da indecifrável literatura .






Escritora Inaldete Pinheiro

Deputada Renata Souza

Jornalista e escritora Verenilde Pereira
Compositor e escritor Nei Lopes

Escritora Roseana Murray

Cantora e escritora Marina Reis

Filósofo e psicanalista Renato Noguera

Chef e empresária Joseane Teles e família, do Xandó Bistrô e Café

As primas Alba e Clara

Você como sempre MARAVILHOSA Elisa! Sua escrita é urgente, iluminadora, precisa e sensível.