Novembro passou voando e eu voei MUITO durante o penúltimo mês do ano que finda. Dias de muito trabalho e aprendizado em nome da literatura afro-brasileira. Estive no Rio de Janeiro para o lançamento da coletânea ORALIDADE AGORA SE ESCREVE, obra que reúne 26 autoras, organizada pela renomada escritora Lia Vieira, idealizado para incentivar mulheres negras a utilizarem a escrita como meio de expressão e autoconhecimento, ressalta a escrita como um ato de resistência e afirmação de vivências. Eu tenho a honra de participar da publicação com três poemas. A capa da obra é uma homenagem à ativista e arte educadora Lydia Garcia.
Outros tantos eventos ligados ao mês da consciência negra enriqueceram minha semana no RJ: assisti vários shows no emblemático Circo Voador, palestras com nomes importantes das diversas áreas de atuação, encontros festivos com outras escritoras e, claro, um dia inteiro de pé na areia, caipirinha e mergulho na água gelada da praia do Leme, meu atual recanto preferido do litoral carioca.
De volta à Brasília, outra maratona de atividades. Após dois anos de minucioso trabalho, o Núcleo de Escritoras Pretas Maria Firmina dos Reis da Universidade de Brasília - NEPFIR, do qual faço parte, realizou uma série de lançamentos da coletânea DESARQUIVADO, edição bilíngue português/inglês, com trabalhos literários, acadêmicos e tradução de 13 autoras. Nessa primeira fase, realizamos rodas de conversa na UnB, na Câmera Legislativa e no Café Griô. Eu assino a crônica no estilo escrita afetiva "O relógio do meu pai', um texto que fala sobre a passagem do tempo, as lembranças e a força da ancestralidade.
A obra foi organizada pelas professoras e escritoras Adelaide Paula e Norma Hamilton e é um rico material para trabalhar em sala de aula, em grupos de estudos, atividades de escrita criativa, terapias, etc. Quer conhecer essa preciosidade? entra em contato com o Nepfir ou direto com as escritoras*.
Para fechar o mês em ritmo looping, participei como palestrante do XIII SERNEGRA - Semana de Reflexões sobre Negritude, Gênero e Raça do Instituto Federal Brasil. Na quinta 28, minha mesa foi sobre Saúde Mental da População Negra, problema que atravessa gravemente a existência de grande da sociedade por conta do racismo.
Dia 29, falei para uma plateia atenta e respeitosa sobre a minha trajetória como jornalista e escritora.
Agora vamos descansar um tantinho, para recolocar os pinos nos lugares porque a agenda 2025 promete: VAI TER LANÇAMENTO DE NOVOS LIVROS DE EU SOZINHA, SIM!!
((SPOILER))
Arrasando!